Não quero mais pegar no tranco, Só se for urgência, Nessa fase vou sempre na banguela, Descendo a ladeira, e economizando o combustível da vida. Paro aqui, paro ali, Escutando causos Dando boas risadas, Ladeira abaixo, sempre tem um boteco Uma boa conversa Um novo amigo Uma boa música. Um bebum recitando um verso triste, Um gole de cachaça Uma criança feliz, Uma mulher bonita a beira do caminho, um abraço apertado, Uma lágrima que cai, Um sorriso triste Uma lembrança que faz chorar. Assim eu vou descendo a ladeira, Não tenho mais força nem vontade de lutar, Lutar para que? Os caminhos novos, Embora desconhecidos são mais leves, Os andados foram cansativos e difíceis. Ficaram as lembranças, Não quero mais pegar no tranco, Me deixe descer ladeira abaixo. Estou sem forças para subir. Quero viver o hoje, Como disse o pensador: "Deixe-me ir, preciso andar.