Doente de amor Procurei remédio na vida noturna Com a flor da noite Em uma bote aqui na Zona Sul A dor do amor É com outro amor que a gente cura Vim curar a dor Deste mal de amor na Boate Azul E quando a noite Vai se agonizando no clarão da aurora Os integrantes da vida noturna se foram dormir E a dama da noite Estava comigo também foi embora Fecharam-se as portas Sozinho de novo tive que sair Sair de que jeito Se nem sei o rumo para onde vou Muito vagamente me lembro que estou Em uma boate aqui na Zona Sul Eu bebi demais E não consigo me lembrar sequer Qual era o nome daquela mulher A flor da noite da Boate Azul Hoje meus dias são de tristeza e solidão Trago em minha alma uma profunda conformação Renunciei meu grande amor um dia Nos braços dela em que tão triste eu dizia Beijando os lábios do meu amor com frenesi Não chores, por favor, porque preciso partir Esse foi o meu ultimo beijo Satisfiz o meu desejo O pior foi te perder Resignemos, oh, querida Não lamentemos a vida Nosso destino é sofrer Saudade, palavra triste Quando se perde um grande amor Na estrada longa da vida Eu vou chorando a minha dor Igual uma borboleta Vagando triste por sobre a flor Teu nome sempre em meus lábios Irei chamando por onde for Você nem sequer se lembra De ouvir a voz desse sofredor Que implora por seus carinhos Só um pouquinho do seu amor Meu primeiro amor Tão cedo acabou Só a dor deixou Nesse peito meu Meu primeiro amor Foi como uma flor Que desabrochou e logo morreu Nessa solidão Sem ter alegria O que me alivia são meus tristes ais São prantos de dor Que dos olhos caem É porque bem sei Quem eu tanto amei Não verei jamais