가사
Já viu quem saiu da caverna pra gritar?
Achou o megafone e decidiu se mostrar.
Não é que nasceram em 2018, não,
Mas agora tão na praça, chamando atenção.
[Verso 1]
Tem gente que sempre foi cruel,
Preconceituoso com um discurso de papel.
Só que agora, sem vergonha na cara,
Diz que é “opinião” enquanto o ódio dispara.
E o esnobe, no topo do seu salto,
Se acha gigante, mas não sai do asfalto.
A escrotidão, que andava disfarçada,
Virou "ideologia", tá tudo liberado?
[interlude]
[Refrão]
Não é que mudou, sempre tão igual,
Só tiraram o filtro e largaram a moral.
Agora tudo é extremo, "direita" pra gritar,
Mas a essência é velha, não precisa disfarçar.
[Verso 2]
Falam de golpe como quem pede café,
E pra quem tá na miséria, um chute no pé.
Desprezo pelos fracos, um show de empatia,
Mas na verdade tão bancando a hipocrisia.
A homofobia virou pauta de esquina,
Com quem quer voltar pra Idade da Pina.
Mas calma, não realizou o preconceito,
Só deram palco e ampliaram o defeito.
[Ponte]
E quem sofre, quem luta, quem tenta respirar,
Vê discurso vira arma pra machucar.
Dizem que é "opinião", que é só "liberdade",
mas o que eles querem é calar a verdade.
[Refrão]
Não é que mudou, sempre tão igual,
Só tiraram o filtro e largaram a moral.
Agora tudo é extremo, "direita" pra gritar,
Mas a essência é velha, não precisa disfarçar.
[Ponte - Sarcástico]
"Ah, é só liberdade, relaxa, irmão,
Um pouco de ódio, não faz mal, não.
Gritar por golpes? É só brincadeira!
Desprezar a pobreza? Coisa passageira!"
[Refrão - Final]
Não é que mudou, sempre tão igual,
Só tiraram o filtro e largaram a moral.
Agora tudo é extremo, "direita" pra gritar,
Mas a essência é velha, não precisa disfarçar.
[interlude]
[Outro]
2018 deu o nome, mas não o caráter,
Um desfile de sombras no mesmo teatro.
A vergonha se perdeu, a máscara caiu,
Mas o Brasil vê tudo, e ainda não desistiu.