Em dias de festa ou de solidão, quando o céu clareia ou pesa o coração, há um sussurro suave no peito que diz: agradece, alma querida, mesmo sem ver o que o amanhã traz. Pois a gratidão é fé em forma de gesto, é confiar que há propósito até no incerto. É render-se à certeza de que Deus está ali, nos altos e baixos, no sim e até no “ainda não” que ouvi. Agradecer não é fingir que não dói, é crer que, mesmo na dor, o amor de Deus constrói. É lembrar que tudo vem d’Ele — o doce, o amargo, e que até o pranto pode florescer em algo raro. Humilde é o coração que se curva e louva, mesmo quando não compreende a prova. Pois quem agradece na noite escura, testemunha o milagre ao raiar da ternura. Então, alma querida, não temas a estação, Deus trabalha em silêncio, mas com precisão. Em tudo dá graças — na vitória ou na espera — pois o louvor em meio à dor é a fé que persevera.