Dalszöveg
Verso 1
Trabalham até a exaustão, sem tempo pra sonhar,
Trocam uma dor por outra, buscando se encontrar.
Viciados no próprio veneno, na febre da vontade,
Sentem a vida em pedaços, na beira da insanidade.
Já reparou que é o que nos mata que faz a gente viver?
Eles se perdem, se agridem, mas acham que é prazer.
Eu observo tudo em silêncio, tenho todo o tempo aqui,
Sou imortal, mas essa eternidade se arrasta sem fim.
Refrão
Histórias são imortais, mas eu continuo sozinho,
Eles vêm e vão, mas eu fico sem caminho.
O que lhes mata, dá-lhes a vida, uma morte a cada dia,
Mas eu, sem fim, vivo essa agonia fria.
Verso 2
Criei meus próprios monstros, prendi-me em minha dor,
Mas sem o fim, o sentido escapa em torpor.
Cada dia é menos um para eles, isso lhes dá força,
Mas eu sou pedra, sem destino, sem resposta.
Eu vejo a morte tão perto, ela traz uma paz,
A beleza de um fim, que a mim nunca satisfaz.
É bobagem me render, já sei, mas o peso cresce,
E na eternidade vazia, a dor nunca se esquece.
Ponte
É mais fácil não sentir, anestesiado, afogado,
Mas sem fim nem descanso, sou açoitado.
Eles vivem exaustos, correndo contra o relógio,
Eu sou o prisioneiro da eternidade, em meu próprio exílio.
Refrão
Histórias são imortais, mas eu continuo