Lời bài hát
Lembro-me daquele primeiro beijo à beira do rio,
debaixo da lua, abrigados sob o chapéu.
Não estava realmente a chover, mas eu queria estar perto.
Jurei que andaria sozinho, que seguiria um caminho solitário,
mas algo em ti desfez essa promessa que fiz.
Nas ruas que chamámos de casa, encontrámos o amor.
Isto é o que o tempo e o destino nos forçaram a ser.
Tu usas esse sorriso, escondendo a dor que só eu vejo.
Dizes que estás bem, que estás em pé e a correr,
mas ouço-o na tua voz, o medo do qual não consegues fugir.
E esses teus olhos traem o que não queres dizer,
Assombrados pela dor que tentas esquecer.
(REFRÃO)
Só pode ser verdade o que me conta a poesia
Eu gosto de gostar e sinto a tua falta todo o dia
Que posso eu fazer se me fazes tão bem mal?
Pára para pensar no verdadeiro crime,
Quando matas à nascença um sentimento tão sublime
Como a semente de paixão que tanto negas,
Se não praticas o que pregas, de que valem essas regras?
Segue o coração, não a razão que não sossegas.
Dizem que o verde é a cor da inveja, mas nos teus olhos era esperança,
mas agora todas as mentiras que perdoei voltaram à tona.
Nunca te virei as costas, nunca fechei a porta,
mas tu bateste-a tantas vezes, como se não aguentasses mais.
Agora é só o que vejo, cada vez que te afastas,
deixas cicatrizes que as palavras não conseguem curar.
(REFRÃO)
Só pode ser verdade o que me conta a poesia
Eu gosto de gostar e sinto a tua falta todo o dia
Que posso eu fazer se me fazes tão bem mal?
Pára para pensar no verdadeiro crime,
Quando matas à nascença um sentimento tão sublime
Como a semente de paixão que tanto negas,
Se não praticas o que pregas, de que valem essas regras?
Segue o coração, não a razão que não sossegas.
Estás a seguir o caminho que os teus pais gravaram em pedra,
quando te afastas, és apenas a voz que eles comandam.
Querem-te sozinho, longe dos “pecados” que te culpam,
enquanto eu amava cada parte de ti, desafiando a vergonha que eles sentem.
Mas talvez o amor seja veneno, a rasgar-me por completo.
Dei-te o meu coração, e agora pago o preço.
Dez anos depois, morro de fome pelo que se perdeu e pelo que poderia ser,
passaste de quem odeia amar a quem ama odiar.
Cada mentira, cada cicatriz, cada limite que ultrapassaste,
sinto-o nos ossos, e estou a contar o custo.
Olha nos meus olhos – diz-me, qual é a tua escolha
Vais abrir o coração, libertar a tua voz?
Ou vais permanecer fechado, por detrás das paredes que ergueste?
Nenhum de nós ganha quando há silêncio à nossa volta.
(REFRÃO FINAL)
Só pode ser verdade o que me conta a poesia
Eu gosto de gostar e sinto a tua falta todo o dia
Que posso eu fazer se me fazes tão bem mal?
Pára para pensar no verdadeiro crime,
Quando matas à nascença um sentimento tão sublime
Como a semente de paixão que tanto negas,
Se não praticas o que pregas, de que valem essas regras?
Segue o coração, não a razão que não sossegas.