No sertão do meu Nordeste, Canta a brisa a canção, A mulher que é caba da peste, Desperta a admiração. Com coragem e destreza, Ela enfrenta o destino, Na seca ou na beleza, É guerreira, é divino. Na noite enluarada, Se escuta um passarinho, É o canto da amada, Que encanta o coraçãozinho. Nos braços de um amor forte, Ela dança sob a lua, Desafiando a própria sorte, Com bravura que continua. Lampião pode até temer Essa mulher tão arretada, Pois ela sabe viver, Com a alma destemida e alada. Nos becos da cidade, Ou no campo a vagar, Canta a força da verdade, Que não cessa de lutar. Oh, Nordeste radiante, Teu povo é de valor, Com mulher tão fascinante, Que transforma dor em amor.