Uma simples casa no campo Ao lado de uma estrada de chão E um riacho que corria bem perto E um pequeno cercado pra criação.
Tempos de natal, quanta magia! Presépio, presentes, pinheiro enfeitado. Quantos sonhos, quanta alegria Que momentos abençoados
Nossa mãe fazia os presentes Roupas e bolachas enfeitadas Isso aquecia o coração da gente Que loja, padaria, que nada!
O tempo passou tão depressa E a casa no campo foi ficando pra trás Vieram os casamentos, filhos e filhas Mas continuavam os encontros, na casa dos pais
Pinheirinho, agora é pros netos Pra nós um bom chopp gelado Pão, queijo e galinha recheada E não faltava o costelão assado.
O converseiro alto continuou E as empolgadas cantorias também As comilanças ficaram mais fartas E tudo isso nos fazendo tão bem
As casas dos nossos encontros Hoje não existem mais Mas continua firme e forte A presença de nossos pais.
O agricultor e ex-combatente Nos ensinou sermos responsáveis A mãe professora, o amor exigente Sem deixar de ser amável.
Somos geração, somos sementes Pontes entre presente e passado Nossos pais deixaram pra sempre Os nossos maiores legados.
Que o hoje seja continuidade Mesmo em tempos tão diferentes Que nunca nos falte a vontade De nos encontrar novamente.