Coro de sensações inebriantes Emergem do meu ser em sexta São alguns raros, breves instantes Que felizes deslizam em festa
Chuva forte no asfalto tamborila A mente viaja por descaminhos O frescor da maturidade aniquila O tempo ruim vivido sem carinhos
Árvores respingam liberdade Passos sabem certeza do amor Misturam-se sonho e realidade É um adeus ao tempo do horror
E a doce dádiva do entusiasmo Espraia arrepios pela nuca afora Agradecido eu penso e pasmo: Nunca foi como está sendo agora!
Antes a vida era um negro desaforo Hoje linda e merecida homenagem Todos os anjos cantam em coro Nosso reencontro nesta viagem
A ternura bordando gestos amenos Arrepios costurando velhas mazelas Beijos desfragmentando todos somenos Abraços cicatrizando antigas seqüelas
De repente, igual a jovem, me vi amando Espantei-me com o meu não-espanto Meus desejos ficam ágeis, dedilhando Os belos poros gentis do seu corpo santo