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Eu quis viver sem medo, quis viver de coração,
Mas deixei pra trás pedaços do meu sonho em cada vão.
Deixei o tempo escorrer, sem saber o que buscar,
Correndo contra o vento, sem ter onde ancorar.
Eu devia ter rido mais, deixado o peito se abrir,
Sentido a dor e a paz, sem nada pra omitir.
Mas eu vou viver, sem epitáfio pra escrever,
Aproveitar o nascer e o pôr do sol sem me perder.
Vou deixar o acaso me guiar, sem medo de errar,
Cada erro, cada acerto, vou aprender a aceitar.
Quantas vezes eu calei, guardando o que eu queria dizer,
Por medo de errar o tom, por medo de me perder.
Devia ter amado mais, sem pressa e sem razão,
Abraçado cada falha, feito paz com a imperfeição.
Deveria ter deixado a vida me levar,
Solto na correnteza, sem ter que controlar.
Mas eu vou viver, sem epitáfio pra escrever,
Aproveitar o nascer e o pôr do sol sem me perder.
Vou deixar o acaso me guiar, sem medo de errar,
Cada erro, cada acerto, vou aprender a aceitar.
Hoje eu entendo, a vida é o que a gente tem,
Sem planos, sem promessas, só a marca de quem vem.
Eu quero a leveza, o riso, o olhar que nunca mente,
Quero deixar pra trás a dúvida insistente.
Então eu vou viver, sem epitáfio pra escrever,
Cada dia, cada instante, no que eu posso ser.
Deixar o acaso me guiar, e o medo afrouxar,
Que a vida é agora, pra quem sabe aproveitar.
Vou deixar o acaso me guiar,
Cada erro, cada acerto, vou aprender a aceitar.