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Epílogo
O fim chega para todos, afinal, não há nada mais natural. E no fim desse livro que é a vida, aprendemos. Da maneira mais doída, mais uma ferida a ser sentida. Até quando morremos, aprendemos. E, no descanso que se
achega, tememos o que há de vir.
Não tem de ser assim, um fim imortal, o julgamento final. Choro e ranger de dentes, um castigo ardente. Por isso, repito, não há de ser assim. Mesmo com um ente querido, ali não é o fim. Agora é o presente, ainda que ambiguamente. O que deixou de ser ou fazer não importa.
No dia de minha morte, sem dúvida, quero ser exemplo, por mais que não seja isento de pecado. De cada momento, não me arrependo, pelo contrário, aceito-o como é e sempre foi. Tive uma vida de oportunidades e, se não a fiz boa, nada mais é passível de mudança.