Letra da música
Verso 1:
Não precisamos
mais de espaços fechados
Para sermos
controlados.
Agora
o controle está fora
Funcionando
por todos os lados.
No jogo de
Vigiar e punir
O tempo
é o novo carrasco.
O instante
modelizante
De todos
os nossos atos.
O tempo
perdeu a espessura.
No fora
se encontra a clausura.
A distância
não dura mais nada.
A duração
foi achatada.
Tudo se sabe
Nada acontece.
O futuro agora
É o passado que tece.
Extermínio instantâneo
Do ser do trajeto.
Nomadismo virtual
Sedentarismo concreto.
Somos fantoches de um tempo
Que não é mais necessário.
Cronoscídio ferrenho
Inscrito no obtuário.
O acaso possibilitou
O anacrônico discurso.
O caduco bocejo
Sobre o assassinado.
Afinal
o tempo está em tudo.
Menos no tempo
É claro!
Afinal
o tempo está em tudo.
Menos no tempo
É claro!
Refrão 1:
Homens éticos
Paradigmas estéticos.
A vida aguarda ansiosa
Seus caóticos reflexos!
Homens éticos
Paradigmas estéticos.
A vida aguarda ansiosa
Seus caóticos reflexos!
Refrão 2:
Dromo... Dromo... Dromo... Dromologia!
Crono... Crono... Crono... Cronopolítica!
Dromo... Dromo... Dromo... Dromologia!
Crono... Crono... Crono... Cronopolítica!
Verso 2:
O paradigma categórico do momento
É matar o tempo.
Com a cultura do espetáculo
E do entretenimento.
Para isso contribui
A cibernética.
Impondo a sua moral
E a sua ética.
Na instantaneidade
Da comunicação.
A velocidade aniquila
A reflexão.
Nos cobram respostas
Imediatas
Participações impulsivas
E impensadas.
E não há mais tempo
De se arrepender.
De repensar
O que se quer dizer.
A tecnologia
Sempre dita o ritmo
Exterminando
O senso crítico.
O tempo há tempos
Já foi sepultado.
Mas continua manifestando
Os seus resultados.
Através do artifício
Da sedução.
E do ofício
Da simulação.
Nos mergulhando
Em universos hiper-reais.
Nos confinando
Em espaços virtuais.
Na interatividade
Da interface digital.
O tempo morre
Ao se tornar real!
Deletamos então
a geografia.
E o tempo renuncia
À sua dinastia.
Deletamos então
a geometria.
E o tempo vira
Pura nostalgia.
Refrão 1:
Homens éticos
Paradigmas estéticos.
A vida aguarda ansiosa
Os seus caóticos reflexos!
Homens éticos
Paradigmas estéticos.
A vida aguarda ansiosa
Os seus caóticos reflexos!
Refrão 2:
Dromo... Dromo... Dromo... Dromologia!
Crono... Crono... Crono... Cronopolítica!
Dromo... Dromo... Dromo... Dromologia!
Crono... Crono... Crono... Cronopolítica!
Refrão 3:
Controle... Controle... Controle...
Por todos os lados!
Controle... Controle... Controle...
No Dentro e no Fora!
Controle... Controle... Controle...
Distribuído em rede!
Controle... Controle... Controle...
Somos controlados!