tekst piosenki
[Estilo: Rock brasileiro com pegada Raul Seixas – voz rouca e teatral]
[Instrumentos: Violão folk, guitarra limpa, baixo marcado, órgão leve, bateria arrastada]
[Andamento: Nostálgico – clima sensual, existencial e poético]
[Verso 1]
Ela veio de um mundo fechado, de um conto quase encantado
Chegou como alguém que tem sede do novo
Era um domingo, entre risos e tragos Se tornou o que mais queria na vida naquele momento
Não se derrame dentro de mim, no último instante
Com olhos de chuva e vontade de se libertar
E eu, com o coração meio cínico, meio errante
Se entender como não fez isso antes
Ela era branca, de renda e loucura, no banco de trás
No escuro da curva, o tempo parou só pra ver ela dançar
E eu tinha medo que o tempo roubasse o que ela ia buscar
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[Refrão]
E no rádio tocava uma canção esquecida
No intervalo sagrado entre a explosão e o respirar
O lençol amassado guardava o segredo da vida
De dois corpos cansados de tanto se procurar
Na penumbra do quarto, sem planos, sem pressa
Ela ria da vida, eu tentava ficar
E se hoje ela volta ao passado
Dizendo sim no altar
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[Verso 2]
Na última curva, num beijo, um adeus sem palavras
Fui embora sabendo que aquilo era o fim
E o destino, com as cartas marcadas
Colocou cada um de nós em sua nova e velha estação
Hoje eu também tenho casa, aliança e rotina
Mas às vezes me vejo a pensar
Será que eu fui o desvio na estrada, só uma esquina ou uma breve parada?
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[Refrão]
E no rádio tocava uma canção esquecida
No intervalo sagrado entre a explosão e o respirar
O lençol amassado guardava o segredo da vida
De dois corpos cansados de tanto se procurar
Na penumbra do quarto, sem planos, sem pressa
Ela ria da vida, eu tentava ficar
E se hoje ela volta ao passado dizendo sim no altar.