Sexta sem sorte

A sexta chegou, e ela só tinha duas missões
Comprar um pão e um cartão pra tentar os milhões.
No caixa pagou, e saiu pra andar,
Mas o vento levou o papel sem avisar.
Sem se abalar, ela voltou
Procurou, procurou, até que o papel encontrou,
Chegando ao destino, outro imprevisto então,
O pão tava errado e a sorte em questão...
Na mesa um papel, adesivo brilhante,
Na fresta estreita, caiu, ficando bem distante.
Ela tenta de tudo, sem jeito, sem norte,
Sem ideia, sem chance, faltava a sorte.
Mas no escritório, um Magaiver da vida,
Com duas réguas, fita e clips, fez a investida.
E com habilidade o papel ele puxou,
E a sexta azarada, no fim, se ajeitou!
Foi um desfecho tão belo, tão raro,
Mas a chefe da moça ficou em desamparo.
Tinha 100 e a sorte ao seu lado,
Buscando um pão quentinho, bem assado.
Terminou com troco, sem nada na mão,
Sem pão, sem cartão, que grande frustração!