Chove devagar no meu pensamento E a rua se enche de luz e saudade. Levo no peito o sopro do vento, Que canta baixinho a minha verdade.
A água desliza nas pedras da estrada E lava as dores que o tempo deixou. Caminho sozinho, mas na madrugada A chuva me abraça como quem amou.
O céu derramando segredos antigos Me guia sem pressa por sonhos sem fim. Na dança da noite encontro os meus abrigos E a chuva me diz que é bom ser assim.
Refrão Oh, deixa chover, que eu quero cantar, Deixa essa água meu medo levar. No som da chuva, meu passo é ligeiro, Molhado e feliz, sou sempre primeiro.