[Verse] Na rua esquiva a vida é cruel E o papel não diz a real Nos discursos há promessas mil Mas a prática é sempre um vazio brutal [Verse] Nos ouvidos sussurra o engano Enquanto lutamos por um amanhã humano A justiça é cega de improviso Entra pela porta mas sai pelo riso [Chorus] Somos vozes que se perdem no vento Cidadãos de papel sem alento Nossas lutas são feitas em vão À espera de um novo amanhecer então [Verse] Os direitos se vão nas vielas sombrias Garotos nas ruas vivem fantasias Papel não veste e não mata a fome O que vale é o suor Não o nome [Bridge] Na TV vendem a paz que não vem Nas guerras de papel ninguém tem um bem Somos tinta escrita sem expressão Desenhando vida com ponta de ilusão [Chorus] Somos vozes que se perdem no vento Cidadãos de papel sem alento Nossas lutas são feitas em vão À espera de um novo amanhecer então