Paroles
Lembrou o baile dos bons, lá no Zé Ribeiro.
No salão do Daví era carnaval pro povo inteiro.
Na Dona Campinha era sempre um fuzuê.
Em Anta se brincava e bailava com ou sem bambolê.
Tempo bom, brincando e sambando, o povo ia.
Lembrar de tudo trás até melancolia, com tanta folia.
Zé Luiz de Preto Véio, Paulinho Sapo na bateria.
Cícero compondo e comandando a alegria.
Zé Rufino se fazendo de mulher. Muito bem feito.
Era alegria geral pra galera. Nada era tão perfeito.
Tião Mocréia era delírio para todos na plateia.
Nem nada fazia, mas era unanimidade na fantasia.
Sendo o que sempre fora, mestre da folia.
O Cachimbo com sua filha linda, sereia em alegoria.
Gracinha, negra bonita, era mais que fantasia.
Escola de Samba do Vasquinho nasceu naturalmente.
Samba no pé de gente que gosta do samba e de gente.
Alan nasceu e chegou e como élan desde criança.
Tocando violão, sempre afinado, desde sua infância.
Evoluiu e se tornou líder da Banda Los Ringos.
Tirava de ouvido as músicas, pingo a pingo.
Cada pingo um acorde que virava canção, brotando do coração.
Sempre fazendo de ouvido o pingo virar canção. Vinda do coração.
O garotinho cresceu e se tornou na terra líder cultural.
Inventou mil coisas incluindo, em Anta, de música, o festival.
A vila virou musical, com liberdade para todos participarmos.
Coordenava a criação, buscando em nós confraternizarmos.
Daí o menino continuou crescendo e criou a Anta Espacial.
Escola de Samba para termos em Anta alto astral. Super legal.
Foi compositor, criador, e coreografou, sempre com muito amor.
Todas as alas, em cada ano, imaginou, com coração e ardor.
O Vasquinho já era uma escola de samba oponente, naturalmente.
Mas, nem ligava para a contenda, queria é se estar divinamente.
Continuou o menino Alan crescendo na arte e se fez presente.
No teatro, na música, na literatura, ligadão na sua mente.
Emprestou seu talento, seja pra Três Rios, Sapucaia ou Anta.
Lá estava o professor aculturando as pontas das suas plantas.
Se dava igual para todos seus alunos que cresciam sob seu mantra.
Alan, é um artista de comum acordo com seu ser.
Ele é também poeta que prefere não escrever seu saber.
É a sublimação do ser em querer e saber, basta o ler.
Alan é meu amigo que quero junto de mim até morrer.
Uma personagem divertida. Basta o provocar para entender.
Alan, é um artista de comum acordo com seu ser.
Ele é também poeta que prefere não escrever seu saber.
É a sublimação do ser em querer e saber, basta o ler.
Alan é meu amigo que quero junto de mim até morrer.
Uma personagem divertida. Basta o provocar para entender.