Paroles
(Verso 1)
O poder não é cetro, nem mão a punir,
É rede que envolve, é trama a ruir.
Nos gestos pequenos, no olhar que vigia,
Na norma sutil que a todos guia.
Na escola, na fábrica, no passo a seguir,
Cada corpo treinado, na disciplina a se abrir.
É panóptico em sombra, na visão de Foucault,
Cada um se vigia, na trama que ficou.
(Refrão)
Redes invisíveis no ar,
Prendem sem a gente notar.
Na dança da vida, quem vai conduzir?
Controle que aperta, mas deixa sorrir.
(Verso 2)
E o biopoder, no toque sutil,
Regula o desejo, o viver infantil.
Não só corpo, mas vida, em números contados,
Saúde controlada, destinos traçados.
As leis desenham o que é permitido,
E quem pisa fora é logo excluído.
Instituições, como Foucault nos ensinou,
Moldam a todos, sem que a gente perceba o dor.
(Refrão)
Redes invisíveis no ar,
Prendem sem a gente notar.
Na dança da vida, quem vai conduzir?
Controle que aperta, mas deixa sorrir.
(Ponte)
Mas onde há poder, há chama, há visão,
Resistência que nasce em cada ação.
Se a norma é muralha, há quem vá romper,
Em cada quebra, o poder vai tremer.
(Refrão)
Redes invisíveis no ar,
Prendem sem a gente notar.
Na dança da vida, quem vai conduzir?
Controle que aperta, mas deixa sorrir.
(Final)
No tecido do mundo, q