[Verse] Constituição na mão é lei imortal Mas não se vê comida no quintal Promete fartura num sonho tão doce Mas na mesa vazia o prato resfolece [Verse 2] Dever do Estado a todos prover Mas o prato vazio é que faz perceber Cadê o banquete a nos alimentar Promessa de lei que não sabe entregar [Chorus] Direito à comida não é ficção É lei suprema é nossa missão Mas no dia a dia falta o feijão Cadê a justiça onde tá a razão [Verse 3] Lei de oitenta e oito tão fundamental Mas nos becos escuros fome é real A promessa desfeita no prato vazio Esperança faminta num país arredio [Bridge] Nas palavras bonitas a esperança dorme Mas no estômago vazio realidade morde Compromisso rasgado na vida real Fartura de sonhos num prato virtual [Chorus] Direito à comida não é ficção É lei suprema é nossa missão Mas no dia a dia falta o feijão Cadê a justiça onde tá a razão