Parou o Pampeano Esbarrou um picaço Estendeu-se o laço Da ilhapa a presilha Do outro lado um gateado Cinchava uma pata O boi berra e se estaca Prevendo a sangria Na ponta da faca O destino é traçado E o sangrador é cortado Manchando as flexilhas Afrouxam-se os laços O pampeano se ajoelha Sobre a mancha vermelha Do chão do potreiro A folha chairada Já risca o couro No ritual crioulo De um pago fronteiro Se foi mais um boi Pra corda e munício E o matambre pro vício Do assado campeiro A força do campo Rebrota invernadas Engorda a boiada E sustenta a nação É a mesma contida e vivida Ostentando essa vida Deste sul de rincão E o campo de novo Viçoso floresce Pois tem alicerce De varzea e Coxilha Renasce na morte E se torna mais Forte Bebendo a sangria E assim segue a lida Tranqueando na estância Firmando a constância De manter existência Levando a pecuária Em ranchos e galpões Em sobrados e mansões Em longínquas querências Pra que o mundo conheça O valor de uma raça Mostrando o que passa O campo e sua essência