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Na obra intitulada “ brasil, país do futuro”, Stefan Zweig, autor austríaco, em sua visita ao Brasil, defendia a ideia de que o país estava destinado a ser um dos mais importantes países do mundo no futuro. No entanto, 80 anos depois, as previsões do autor ainda não se concretizaram e os desafios para o combate ao racismo estrutural na sociedade brasileira são entraves para isso. Observa-se, assim, que isso ocorre porque a negligência governamental e a permanência histórica impedem a resolução da questão.
Sob esse viés, é preciso atentar para a omissão estatal presente nessa problemática. Nessa perspectiva, o pensador Thomas Hobbes afirma que o Estado é responsável por garantir o bem-estar da população. Entretanto isso não ocorre no Brasil, pois a falta de atuação das autoridades corrobora para a permanência das desigualdades sociais que são vistas, principalmente, na parcela populacional racionalizada -que inclui pessoas negras pardas e indígenas-, visto que o governo não tem cumprido seu papel no sentido de assegurar os direitos básicos a esse grupo social, como direito à oportunidades igualitárias. Assim, as funções sociais estatais são descumpridas, agravando o problema.